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domingo, 25 de maio de 2008

Oriental





Inspirado no filme “O Clã das Adagas Voadoras”




Uma rara flor do Oriente.
Delicados gestos, lenços
e cores, dança guiada
pelo som de sementes
atiradas ao acaso.

A rosa desabrocha
para olhos de ressaca.
Cega a flor segue o ritmo
de seus precisos passos
sem perceber a serpente,

que sem constrangimento
arma o bote desfazendo
laços, expondo o marfim
das suas pétalas, pele.
Ah, serpente que corrompe

tudo aquilo em que toca!
Da aparência frágil, os
espinhos – adagas, que
voam rasgando o denso
coração das trevas.

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 49 - CBJE)

domingo, 18 de maio de 2008

Ventos





Deixei voar o xale-seda.
Foi levado pelo vento
à beira-mar. Sombra rosa,
rodopiando, dançando

à toa. Baila assumindo
as belas formas do tempo,
até cair no mar, vasto mar,
que nos separa por milhas.

Nos encontramos em versos
e no silêncio das bocas,
das mãos que nunca se tocam.

Ondas na arrebentação.
Nunca, é muito tempo? Talvez...
- temos uma chance, então.

domingo, 11 de maio de 2008

Mães





Às minhas amigas mães (ou não!): toda criança é como uma primeira estrela no
céu da benção e da esperança, e todas vocês, são universo fecundo a
distribuir com humildade e alegria o pólen da promessa para toda a
humanidade. Um lindo dia para todas, irmãs, amigas, mães, madrinhas, enfim mulheres, portais do mundo!!!!!!!






Primeira Estrela

Luli e Lucina

na porta do mundo
tem uma roseira
que flora e chora
não tem ventania
que apague a candeia
do sentimento

no pé do vento
tem uma cantiga
que quando sopra
roda a menina
derrama a alegria
realça o dia

*toda criança que nasce
parece a primeira estrela
amor promessa
brilhando no céu do tempo*

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Deserto...

sol do meio-dia
mergulho na imensidão
perdendo as forças

Infância...

jabuticabas
crianças nas árvores:
olhares doces

Ex-amor



Eu lhe vi hoje, novamente...
mais velho talvez, bem sério,
como sempre. A mesma boca
que muitas vezes me disse
o quanto odiava me amar
- tanto!

Ah sim, era você sem dúvida.
Quase um pacto, sem palavras
ou rugas, o tempo passou
em silêncio, quanto tempo?
Precisamente quantos?
- tantos!

Um largo e profundo abismo
se criou neste amor que foi.
Fui e hoje sou eu mesma.
Não há nada de você em mim,
os filhos não aconteceram.
- não há frutos!

Com certeza ninguém o amou
como eu. Certamente ninguém
o odiou como eu! Longo filme
o nosso sem final feliz.
Tanto faz, tudo passa ...
- passamos nós.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O que é o REPENTE????

7º FESTIVAL DE REPENTISTAS DE SÃO JOSÉ DO BELMONTE-PE



Manifestação cultural do povo brasileiro... leia mais na página "Opinião", neste blog.

domingo, 4 de maio de 2008

Cordel e Repente

A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradião do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
Ver vídeo do Cordel do Fogo Encantado, na página Nuevo Cántico, neste blog.

Reciprocidade

meu ungüento
sua cura
no espelho
sua cara
meu querer
sua pele

um carrossel que
gira-girando...

minha
ca
be
ça
tonta,

meus olhos
nos seus

(e vice-versa)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Rappa

O QUE SOBROU DO CÉU...