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terça-feira, 25 de outubro de 2011

descarteana






penso, logo versejo.


reflito poemas,


medito em versos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Último conto de inverno - Rancor

Robério odiava muito.

Sempre dizia: - eu odeio isto ou aquilo, com ênfase e entusiasmo quase infantil. Podia-se notar o prazer que lhe trazia aquele sentimento, embora, lhe fosse inconfessável.

Discutia com a televisão, falava alto quando lia alguma notícia desagradável, dificilmente dizia algo de bom ou comentava um fato quando positivo.

Um dia, ao assistir uma partida de futebol na tv, dessas partidas importantes, decisão de campeonato, o time do coração podendo ser campeão etc e tal, no auge da torcida, com o grito de gol já pronto na garganta, neste momento, o bandeirinha anula o gol da vitória! Naquele exato momento Robério solta um grito furioso e cheio de ira deixando extravasar toda sua raiva do mundo.

Acordou alguns dias depois no hospital, soube pelos familiares que tinha tido um derrame, através de gestos, pediu um espelho. A mulher, temerosa, coloca o espelho diante dele e Robério vê, com orgulho, todo rancor estampado em sua face deformada.

domingo, 2 de outubro de 2011

 















 a velha árvore
entregue à brisa

desabrocha em flores
: viva primavera