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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Julgamento de Muntazer Al-Zaidi

Comente, argumente, se posicione.


MUNTAZER AL-ZAIDI
O jornalista do ano

(*)Por Mário Bentes em 29/12/2008


O julgamento de Muntazer al-Zaidi – o jornalista iraquiano que atirou seus dois sapatos contra George W. Bush e ainda o chamou de "cachorro", durante visita do presidente estadunidense ao Iraque – está marcado para quarta-feira (31/12), mas se depender do bom-senso e do sentimento de milhares de pessoas ao redor do mundo, o veredicto já está decidido: al-Zaidi não apenas é inocente, como também pode ser considerado um herói.


(*)http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=518JDB004

Jade

<
Pedra anima.
Nossos olhos
se procuram
- versos e
formas, curvas
e rimas.

Verde íris,
esmeralda
rara, mar,
flor de sal,
horizonte
longínquo.

Nosso encontro
no meio do
caminho,
entre o amor e
coisa alguma.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


Tela de Murillo Jr.



olhos de peixes
vivos pulam na água fria:
novas cores no mar.

Conformar-se




longe vai:
mas bem cedo
acorda e
logo se
espanta!

tão rápido
o tempo:
já não
estamos.

Gênesis...

Dance of youth - desenho de Picasso

















um mais um somam
dois. multiplicados são
três, quatro ou ∞

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Com muito amor para todos!!!!


Joyeux Noël et bonne année!
Merry Christmas and a Happy New Year!
Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!
圣诞快乐!新年快乐!
Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr!
Buon Natale e Felice Anno Nuovo!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008




há sereia.
corpo de brisa
ondula no mar:
canta na areia.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Sintaxe




















no chão polido das
regras gramaticais,
seu corpo, disposto
em palavras, frases,
se desfaz em orações.

pede novos períodos
requer outros versos,
sintagmas naturais.
de viéis eu prossigo
metaforicamente

e lhe traduzo em desejo!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Poucas linhas...






desenho de Picasso


um desenho rápido,
em poucos traços,
meu retrato

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lua e Sal



















À CYNTHIA LOPES

Lua em mares
Brilhos
Em ondas sais
D'Água
Viaja.
Às linhas
Encrespa-se
A ir-se poema
E estoura
Em Mares
Ao novamente
D'Águas que sais
Que brancos às...
Areias
A lamber
Saboreando palavras

Desta boca:
A poesia


Escrito pelo poeta Da Montanha
(no Recanto das Letras), em 10.12.08.
Grata poeta por decifrar estas minhas muitas águas... humilde lhe agradeço.

Da Montanha...















Homenagem ao poeta Da Montanha

o poema paira
no ar, como uma pipa:
sou criança, somos.

Eu...


Selêne, obra de Ricardo Kersting









Sou assim:
tudo que
me emociona
eu grito e desejo
e me apaixono!



brilha estrela
da nossa mistura:
nação canta o
MARACATU

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Flor de sal...















fina camada
colhida com as mãos:
espuma,
delicada iguaria.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Amor...



















cárcere sutil
ata-me nesta prisão:
grilhões "per tempus".

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Niño poeta


Homenagem ao poeta Adolfo Payés

Mi niño poeta, que alumbra mi alma
Son tuyos los sueños de amores
Dulces, inocentes, calurosos y
Sensuales, que hacen que nazcan
Flores en los cielos, en los mares.

Mi noble hermano, que seas siempre
Guerrero, que sigas pintando con tus colores
Fuertes un nuevo mundo, en torbellino
De arte.
Tu sonrisa es llama que
Conduce corazones llenos de esperanza.

La libertad es tu certeza.
El exilio, tus cadenas.
Las palabras no silenciarán
Tu voz.
Tú sigues como hombre y no
Calla la vida en ti.
Nosotros, solidarios,
Cantamos contigo aquella misma canción

¡Que nos libera de cualquier prisión!

domingo, 30 de novembro de 2008




Desenho de Picasso









voa borboleta
tonta, pela vida curta:
estrela cadente.

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 53 - CBJE)

sábado, 29 de novembro de 2008

Japão...












no país do sol
nascente: bossa nova,
banquinho e violão.

João Gilberto e a bossa nova...

Música: "Desafinado" (Montreux Jazz Festival)


domingo, 23 de novembro de 2008

Santuário...



Parque de Ibitipoca:
sabão de cinza, pão
de canela, paçoca.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Prêmio Dardos - 2008


O poeta, pintor e multiartista, Adolfo Payés, com seu enorme carinho e gentileza me deixou este presente e, desta forma tenho que repassá-lo a outros amigos blogueiros. Portanto, entrego este prêmio a todos que estão elencados em meu link de leitura obrigatória e cotidiana, que me inspiram versos e fantasias que transformo em poemas. Meus agradecimentos a todos que visitam e me permitem conhecer seus escritos e àqueles que, anônimos, passeiam por este meu Cântico.
Como diz Adolfo, estes prêmios (ou selos), são uma maneira de reconhecer o trabalho, de demonstrar nosso afeto agregando valor a quem recebe o Dardos comprometendo-se a seguir as seguintes regras:
1- Levar o logo;
2- Viculá-lo ao blog do qual se recebeu o prêmio;
3- Eleger outro blogs para dar o prêmio e comunicar aos blogueiros.

Assim desejo entregar este prêmio aos seguintes blogueiros:

Fernanda Leturiondo(http://acasaoamanteeoexilio.blogspot.com/):Por seus versos cheios de vida, humanidade e verdade.

Márcia Cardeal(http://sementeiradequimeras.blogspot.com/):Por suas imagens e palavras que sempre nos transportam a um mundo lúdico e nos fazem voltar a sermos crianças.

Mara Faturi(http://per-tempus.blogspot.com/):Por sua entrega aos versos de corpo e alma.

Liz Kasper(http://lizkasper.blogspot.com/):Por suas múltiplas interpretações da realidade e por sempre nos apresentar várias de suas facetas personalíssimas.

Edinho(http://nosfundos.blogspot.com/):Por sua profundidade e amor incondicional.

Wilson Guanais<(http://cemiteriodenavios3.blogspot.com/):Por sua delicada teia de versos que tece com esmero e coração.

Renato Motta<(http://www.babilonia.blogspot.com/):Por sua brasilidade!

Obrigada a todos pelo carinho de sempre!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


flor do pêssego
tempos de primavera
versos de Bashô

Entrevista


Cynthia Lopes

Quem sou
Entrevista dada à Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE
Clique em Entrevista para lê-la na íntegra.

domingo, 9 de novembro de 2008

(*)Porto das Almas

Gira a roda da fortuna
vão-se as velas, os navios,
os prisioneiros na prancha
da turba de mercenários
dos mares, negra bandeira
pirata!

Juntos seguem seu destino
de morte - baú de tesouros,
dobrões de ouro, garrafas
de rum. Por onde navegar
neste mar sedento de almas?

Na praia cantam as crianças
como sereias, sem derramar
lágrimas!

(*)Inspirado no filme "Piratas do Caribe"

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Aos guerreiros desconhecidos
















tantos soldados
todos mortos em batalha
importa ao general?


*****

ninguém sabe
os nomes destes soldados
lembram seus rostos?

*****

todo povo lutou
em algum momento.
quantos anônimos!


*****

minha pátria
e seus muitos sabiás...
no exílio, o silêncio.

*****
anistia para
todo aquele que sonha!
um entre multidões


*****

que sentido há
numa vida miserável:
desespero?
infâmia?

*****

via americana
um mesmo lar, história,
hablemos español
en las escuelas!


*****

foi-se o tempo
das respostas prontas:
revolução é virar do avesso

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Camille Claudel







A VALSA, de Camille Claudel, minha homenagem a esta mulher apaixonada.

Auguste Rodin




















"Ouvi o grito agudo da minha alma em luta pela mulher. Vigiei-me a mim mesmo nos momentos de paixão, de intoxicação amorosa, e estudei-os para os usar na minha arte".

Auguste Rodin

Conto Insólito

Encontros & Desencontros















Aquele homem havia perdido seus olhos.
Um homem tão interessante! Vivia de óculos escuros como um cego.
Ele podia ver a silhueta de todas as coisas, entretanto, não conseguia enxergar nada com nitidez, muito menos outros olhos.
Apesar de procurar muito os motivos deste seu problema que, com os anos, se agravava mais e mais, nenhum médico conseguiu lhe explicar ou encontrar qualquer causa orgânica para o seu mal.
Procurou em todos os lugares uma resposta, um ungüento, um conforto, sua cura e nada.
Seus olhos vagavam por sombras, apagados, vazios.
E quanto mais o tempo passava mais ele se escondia e encontrava nos versos o consolo do seu passado.
No outro lado do mundo uma mulher de beijos, vazia.
Seus lábios ressequidos eram marca indelével em seu rosto. Apenas seus olhos vivos, brilhantes e expressivos atenuavam a dor e a solidão. E quanto mais a vida passava em ausentes abraços e beijos e carinhos, mais ela se escondia e encontrava em seus versos o conforto de um futuro sonhado.
Mas, por uma destas contingências da vida, um dia seus versos foram conhecidos pelo homem cego que, encantado, fez chegar até a mulher (para que ela o conhecesse) o seu poema mais bonito.
E, assim, trocaram versos, rimas, desejos, quereres. Compartilharam momentos, olhares e beijos.
Fica evidente que os olhos do homem se abriram e, que os lábios da mulher floriram.
Porém ainda havia algo errado, o quê?
Cada um vivia em um extremo do mundo!
Foi então que tiveram a idéia de se encontrar no meio do mundo.
Marcaram uma data, uma hora e um local preciso.
Deste momento em diante, uma ansiedade louca tomou conta dos dois amantes e os versos se tornaram loucos, dementes de uma promessa de amor ao alcance dos olhos, das bocas, das peles agora quentes e ardidas.
No dia marcado, o homem caminha atravessando o jardim.
Do outro lado, a mulher caminha atravessando o mesmo jardim.
Os dois se vêem e caminham mais rápido passando um pelo outro, um através do outro...
Ao se voltar sem entender muito bem o que aconteceu, o homem vê apenas sombras e dos olhos da mulher um longo pranto lava seus lábios secos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

*Hoje é meu aniversário...

Dos meus muitos amores...
















Minha princesa...
Minha Cynthia, estou apaixonado por você!
saudades do seu sorriso...
Tento esquecer quando só quero lembrar:
é que a correria de todo dia nos afasta
de quem amamos, mas este é o momento
de lembrar.
Quando te conheci, vi que cintilavas cores e brilhos, mas em alguns momentos ainda ficavam abafadinhos, talvez pelas espremidas da vida vivida, e foi com muito prazer que pude em sua companhia, partilhar com você, seu Cynthilar cada dia mais colorido com sua poesia e vivacidade!!!
Você conseguiu mostrar em palavras a sua
luta, todo o seu sofrimento, toda a sua
coragem. Sinto tanto orgulho...
Vejo você agora como uma mulher linda, feliz
e cheia de vitalidade.
Estou com tantas saudades, quando você vai voltar?
Melhor que a lembrança só mesmo a esperança
de encontrar-nos. Alguém que partiu há muito tempo,
mas cuja luz permanece em nosso pensamento.
Amiga, muitos beijos no seu coração!
esta casinha de São Thomé é para que você
coloque todos os seus desejos, é o seu castelo.
(...) deixa eu lhe abraçar, isso, bem forte!
Que bom estarmos juntas nesta estrada.
Ninguém agüenta mais você...
longe daqui, volte logo.
Menina de olhos de mar
pele de areia
sonho menina
riso maroto
teu perfume de flor
toma conta do nosso viver
te amamos.
Sinto muitas saudades da sua companhia
(...) você sempre foi minha melhor amiga e
confidente.
Tem vezes que sonho que você veio me visitar (...)
Li sua carta na rua e minha vontade foi de voar
até você, gostaria de lhe dizer que te amo, que seus
olhos são lindos e que estás viva (...)
Contudo, lhe observo de longe e lhe aprecio
pela simplicidade e pela beleza fácil que emana.
Você chegou mansa, calada... e conquistou
nossa amizade e carinho. Sua docilidade e simpatia
nos cativaram.
Não perca nunca este seu jeito meiguinho de ser...
- Nuvens de beleza no limite...
Irmãzinha amada fiz couve (...). Não fechei a panela
do feijão, pois você não sabe abrir.
Comprei bananinha, espero que você goste.
(...) um beijinho, mimo-mimo
Que embellece aún más tu aniversario
hecho vida
Cynthia
Este poema
Que es en esencia de tu presencia
Ternura liquida del saber inmenso del amor
Saudações escorpianas... parabéns!
Felicidades!
Valeu Cynthia, o rock não morreu!!!!


*E dos meus muitos amores, eu recebi versos, palavras, algumas são de emails ou cartas antigas que tirei formando um mosaico de versos de amor e incentivo.
Obrigada a todos pelo carinho, pela ternura! Obrigada a Deus pelas muitas bençãos
e por ter chegado até aqui sendo do jeitinho mesmo que sou!

*Cântico das Palavras

Poema de Adolfo Payés

Poemas
Versos
Vida
Esperanza
Ternura liquida del saber inmenso del amor
Hacia los más pequeños de este mundo
Brasil
Los pobres
Marginados
Favelas
En ellos esta tu entrega
Con dulzura literaria
Que embellece aún más tu aniversario hecho vida
Cynthia Lopes
Este poema
Que es en esencia de tu presencia

* A ti Adolfo, um agradecimento especial,
por sua ternura e carinho por este meu
Cantinho e por seus lindos versos em
comemoração ao meu aniversário.
Besos y mi saludos siempre...

sábado, 25 de outubro de 2008

Des+construção


Eu, mulher, vivo
entre dois pólos
buscando sempre
a humanidade.

Vivo o incerto,
o risco certo,
amor derradeiro

- sempre reconquistado.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Os dois mundos














uma corda esticada, tensa,
nela dois mundos suspensos.

uma nota silenciosa
retida no oco do tempo.

dois sóis findam em buracos
negros tragando palavras

que de vazias, murcharam
em doloroso silêncio.

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 51 - CBJE)

domingo, 12 de outubro de 2008

Mário Quintana





Há ilusões perdidas mas tão lindas que a gente
as vê como esses balõezinhos de cor que
nos escapam das mãos e desaparecem no céu...



*Meus queridos leitores, poetas e amigos,
achei esta preciosidade no blog (l'excessive),
de Liz Kasper,
e a trouxe para o comentário geral de vocês.
Bjsss

Rede


vai e vem
vem e vai
eu
você
no
balanço
da
rede,

o sol
explode
em nossos
plexos, sexos
latejam
gozo
gostoso
tem gosto,
de novo!

sábado, 11 de outubro de 2008

Ode ao lobo mau
























- Ei, você que vive inconseqüente
levando a dor por todos os cantos
aonde passa – tudo tem sua paga
nesta vida. Não estou falando em

pragas, maldições ou semelhantes,
mas em plantar e colher – ventania.

Narciso faminto por beleza
vê seu reflexo nas águas, e
deixa-se tragar por sua substância,
por uma miragem, pela aparência.

Destila seu veneno egoísta
pelo caminho, sem amor, só Ego.
Cuidado, sempre há o dia da caça,
é quando todas nós, solitárias

mulheres, nos encontramos na dor.
Seremos como uma apenas armando
o alçapão. Claro que em sua vaidade
nem conta com esta possibilidade.

Pode ser, mas certo é que as lágrimas
que derramamos, cairão dos seus
olhos em dobro, num desconserto.
Águas que preencherão o mar calmo

que todas nós sonhamos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Conto Insólito - Olhos abertos
























Lenora sentiu um mal estar súbito e um grande desânimo, a única coisa em que pensou foi deitar e dormir.

No meio da noite, de repente, seus olhos se abrem.

Não há o que ver, a escuridão se apoderou da casa. Calafrios percorrem o seu corpo imóvel. Tentou gritar, mas sua voz não saia e sua boca não conseguia se mover. Nada se ouvia, silêncio total... ficou ali paralisada, na memória, os muitos sonhos (pesadelos!) em que teve esta mesma sensação, parecia contá-los, quantos foram?

Abertos no breu apenas os seus olhos podiam se mover. Um frio intenso subiu-lhe dos pés a cabeça enrijecendo todos os seus músculos, uma sensação incômoda e incomum. Sentiu-se uma pedra de gelo pesando toneladas! Com esforço fechou os olhos abrindo-os após minutos de angústia.

Foi então que pode perceber as milhões de estrelas que a cercavam. Seu corpo cedendo a falta de gravidade ficou leve como uma pluma, embora ainda sentisse o frio e a imobilidade.

Corpos celestes, de variadas cores e formas se moviam juntando-se a um único ponto de luz e o ponto crescia a sua frente, até que todo o espaço profundo se encheu de luz. Na luz corpos surgiam do nada, corpos de luz a envolviam com seu calor, sua paz, sua calma e aos poucos seu corpo dançava nos céus, nos vários céus... não havia diferença, tudo era mesmo uma coisa só, uma vida que permanece e continua, contínua, para sempre...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Paixão






como um cão
saliva
diante
da carne e
do sangue,

vivo
esta fome
voraz
de
nós

domingo, 21 de setembro de 2008

Adolfo Payés


O querido poeta, pintor e desenhista,
Adolfo Payés, me dedicou este poema e,
fico muito emocionada com ele não só por
ser uma admiradora de sua obra, mas,
principalmente, pela admiração que tenho
por este verdadeiro GUERREIRO salvadorenho
que apesar de toda dor
não deixa de nos brindar com seus lindos
versos, sua ternura e sensibilidade.
Gracias meu querido amigo, muchas gracias...


"este es el poema que de dedico con mucho amor, y respeto", Adolfo Payés

OH Brasileña


Que belleza de idioma
Tus poemas
Tus escritos
Tus reflexiones
Tus imágenes hechos
Versos

Narraciones que nos hacen navegar
A lo más profundo del alma amazónica

OH Brasileña
Lengua que me alimenta leyendo
Cada día tus retoños literarios
Tus aportes
Tus caricias de lectura
Presencia autentica mujer
Hecho lienzo

A vos Cynthia Lopes
Cântico das Palavras
Tantas e tão lindas formas de expressão
Obrigado a tu presencia

saludos fraternos...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Painéis de Portinari

















pés que se misturam ao barro
e no solo lançam suas raízes.
mãos cruas, moldadas pelo labor.
peles envelhecidas, secas.

planos recortados, pintados
em variados tons terra, pálidos
verdes e estes cinzas das sombras
dos corpos curvados, dobrados

sobre si mesmos, olhos baixos.
suaves azuis em contraponto,
pinceladas de blues na paisagem.

domingo, 31 de agosto de 2008

No Olho do Furacão












Estou no olho do furacão, vejo
a tempestade se transformando
em lágrimas de surpresa e espanto.
Caos diante do dia furioso,

dentro da tenebrosa noite,
onde construo teias que se alimentam
de outras tantas, sempre relações
espessas, estreitas e profundas.

A cabeça entontece, desmaia.
Tudo se move em furiosos círculos
que me tiram o chão. Olhos baços,
não há como resistir, estou entregue,

aos sonhos, calmaria e convulsões,
frente ao universo, nada mais ouço,
silêncio... olhos de tigre que se abrem!

Transformações se processam...

domingo, 24 de agosto de 2008

A cidade e suas cruzes


Outras páginas - Opinião - leia o texto na íntegra

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Bilhete


Hoje, especialmente esta noite, quente e agradável, a lua imensa parecia um enorme balão ao alcance das minhas mãos. Imagine, bastava esticar as mãos e segurar a lua! Aquela enorme bola amarela e com ela rolar pela areia da praia. E, apesar da enorme lua, do mar só podia ver sua espuma e ouvir o barulho suave das ondas, que vem e vão, vão e vem... e neste mirar o mar pressenti seus olhos negros, no escuro, a me observar sentindo a maresia me envolver e sussurrar... vem, vem... uma voz tão doce! São os versos da minha fantasia.
Perto mesmo homens e mulheres suados, crianças jogando voley e a vida passeando pelo calçadão. Voltei a minha aeróbica cantando uma canção antiga, uma homenagem a Dorival Caymmi:
"É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar..."

domingo, 3 de agosto de 2008

Gatos














lua cheia, telhados
patinhas dançam
em algazarra:

preto no branco
branco no preto
despudorados!

lamber de línguas
enganchadas:
prazer de gatos

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 50 - CBJE)

The Cure

The Love Cats

Outono...










chega
com
seu
manto:

sereno.

o vento
desnuda
árvores

domingo, 27 de julho de 2008

DANAE



Inspirada na tela de Gustav Klimt


Insinuada, sugerida... em suas formas
curvilíneas, redondas, muito sensuais.
Na tela de Klimt esta mulher sai
das sombras, dos subterrâneos, cumprindo

seu destino – dela nasce a palavra
que fértil fecunda a terra. Dobrada
sobre si mesma mostra seu seio doce,
rosto suave, sua cabeleira ruiva.

Em primeiro plano, cochas torneadas.
Nua e cálida, dorme ao colo do pintor
que a tinge de nuances. Danae, é seu

vértice, ápice, no ponto mais alto
da pirâmide - nela esta vertigem,
perda dos sentidos, sonhos, prazeres,

em que todos transigem e se curvam.

(Em seu seio róseo chuva de ouro e sêmen)

domingo, 13 de julho de 2008

A caminho da lua



Estamos indo em direção à lua,
branca, cheia, nua e iluminada. Anoitece
e no céu azul-marinho, sobrevinda,
mais e mais brilha. No rasto da luz
seguimos: eu, meu pássaro e sua bússula.
Esfera que reluz no fim do túnel
azul da noite, para ela, no silêncio
voo sentindo a leve brisa das asas
planas neste espaço vazio, profundo.
Aconselho àqueles que possam sonhar
a navegar, em direção ao canhão
lunar deixando alumiar este palco
noturno, de tranqüilidade e paz.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O BOTO








lá nas margens do Amazonas,
seja verdade ou folclore,
sempre se contam histórias
deste cetáceo matreiro.

manhoso e sempre ardiloso,
em noites de arrasta-pé,
sai das águas transformado
num belo e fogoso rapaz.

com os olhos sedutores
vai conquistando as meninas
que cedem aos seus encantos.

seja folclore ou verdade,
só sei que após nove meses
os inocentes nascem:

- todos filhos do boto!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Minha homenagem a todos os poetas e visitantes deste meu Cântico

CARINHOSO - Música de Pixinguinha&João de Barro - Interpretada por:
Marisa Monte e Paulinho da Viola



sexta-feira, 27 de junho de 2008

A PONTE








uma via de mão dupla
sem acostamento
a mureta estreita
tudo muito simples:
soltar as amarras
ou
deixar cair a pedra?

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 48 - CBJE)

domingo, 22 de junho de 2008

Rio

Corre para o mar o rio.
Tudo se move. Esta vida
como fonte, jorra e cria.

Corre para o mar o rio...
vida que desfralda velas,
ventos que deslocam pás

de moinhos imaginários.

Corre para o mar o rio
sinuoso, do manancial
às vazantes, rio pro mar.

Re-construindo

Enquanto você não volta
procuro vestígios seus
envolta em redes, delírios.
Componho no estio – canções,

músicas que me apascentem
enquanto você não volta.
Leio e releio antigos poemas,
vejo seus quadros de cores

fortes, desenhos simétricos.
São rostos, lembranças, portos,
pequenos ninhos, ofertas,
onde busco seu sorriso:

reconstruído com cuidado
enquanto você não volta.

sábado, 14 de junho de 2008

Amor à distância

um ponto
a outro
um quase nada
um muito tudo
igualmente
profundo








sol e este calor
verão de desejos
janelas abertas

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Presságio...

rede no mar
noite chegando:
barco à deriva
neblina e maresia

Liberdade...

o azul do olhar
uma nova realidade,
um barco nas águas
sem amarras

domingo, 1 de junho de 2008

Déjà vu

















Lado escuro da lua, nosso canto obscuro.
Recanto silencioso e desconhecido,
antro emaranhado do meu desencanto.
Um triste acalanto que estilhaça
grandes sonhos – mares, navios e rochedos.

Nosso monótono “déjà vu”. Suponho
a necessidade deste tanto sombrio
para nos reconhecermos criaturas,
portanto, sejamos humildes! Permitiu
Deus o pântano, para vermos o tanto

que merecemos.

domingo, 25 de maio de 2008

Oriental





Inspirado no filme “O Clã das Adagas Voadoras”




Uma rara flor do Oriente.
Delicados gestos, lenços
e cores, dança guiada
pelo som de sementes
atiradas ao acaso.

A rosa desabrocha
para olhos de ressaca.
Cega a flor segue o ritmo
de seus precisos passos
sem perceber a serpente,

que sem constrangimento
arma o bote desfazendo
laços, expondo o marfim
das suas pétalas, pele.
Ah, serpente que corrompe

tudo aquilo em que toca!
Da aparência frágil, os
espinhos – adagas, que
voam rasgando o denso
coração das trevas.

(Publicado na Antologia de Poetas Contemporâneos nº 49 - CBJE)

domingo, 18 de maio de 2008

Ventos





Deixei voar o xale-seda.
Foi levado pelo vento
à beira-mar. Sombra rosa,
rodopiando, dançando

à toa. Baila assumindo
as belas formas do tempo,
até cair no mar, vasto mar,
que nos separa por milhas.

Nos encontramos em versos
e no silêncio das bocas,
das mãos que nunca se tocam.

Ondas na arrebentação.
Nunca, é muito tempo? Talvez...
- temos uma chance, então.

domingo, 11 de maio de 2008

Mães





Às minhas amigas mães (ou não!): toda criança é como uma primeira estrela no
céu da benção e da esperança, e todas vocês, são universo fecundo a
distribuir com humildade e alegria o pólen da promessa para toda a
humanidade. Um lindo dia para todas, irmãs, amigas, mães, madrinhas, enfim mulheres, portais do mundo!!!!!!!






Primeira Estrela

Luli e Lucina

na porta do mundo
tem uma roseira
que flora e chora
não tem ventania
que apague a candeia
do sentimento

no pé do vento
tem uma cantiga
que quando sopra
roda a menina
derrama a alegria
realça o dia

*toda criança que nasce
parece a primeira estrela
amor promessa
brilhando no céu do tempo*