Abelardo da Hora - 60 anos de arte

O CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL APRESENTA, NO RIO DE JANEIRO, A EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA DO ESCULTOR PERNAMBUCANO ABELARDO DA HORA: ATÉ O DIA 29/11 - IMPERDÍVEL.







CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL - RUA PRIMEIRO DE MARÇO, 66 - 4º ANDAR

eu tenho este sorriso
que me abre para o mundo.
eu tenho um mundo em mim,
longe do teu sorriso .

Escorpião

¨¨¨¨¨fim de outubro:
¨¨primavera nestes meus
¨¨¨¨¨cabelos brancos.

Entre o dia de hoje e o meu aniversário (28/10), apresento: Sá-Carneiro.
Por quê?
Porque estou aqui renascendo. Um processo termina onde outro
começa. Vou aprendendo a ser voraz e a ter olhos de águia,
percebendo a vida muito além das circunstâncias.

Sá-Carneiro

EU NÃO SOU EU nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
¨¨¨¨¨Pilar da ponte de tédio
¨¨¨¨¨Que vai de mim para o Outro.

Herança

taças de cristal
expostas com todo orgulho:
o tempo quebra.

A Sintra de Rosa-Flor

Absolutamente linda!

Acontecimento

existe um outro azul,
uma nuance alegre
impregnada de sol,
do cheiro das manhãs.

manhãs à beira-mar,
passos na areia branca,
a descoberta, o encontro
com o melhor de mim.

esta iluminação,
é só um outro jeito
de me sentir feliz.

declaro amor profundo
e então encontro em nós
um novo e claro mundo.

Passagem

a chuva apagou meus passos na areia, mas nunca a minha existência.

Rito de passagem

Portal de Passagem (mármore de carrara) - Obra de Ricardo Kersting




passam a luz e a sombra,
através do labirinto,
cativo dos seus olhos,
pedras de verde jade.

num mesmo ritmo, trilham
caminhos que nos guiam
para além destes portais:
outros e novos mundos.

pórticos de luz,
como pedras preciosas
brilham no breu.

revelam quem eu sou:
o ponto de partida,
o fim de minhas idas e vindas.

HIPER - POESIA

Programa imperdível para quem se encontra no Rio de Janeiro!

Nítidos sinais

faróis, estes teus olhos
me conduzem, intensos,
na noite escura e fria.

chuva de estrelas
iluminando o céu
do meu caminho.

diamantes espessos
que refratam a luz
em cores, arco-íris,

nuances que me curam
das fraturas e feridas
de um coração vazio.

Voraz

devoro poemas,
os meus, os de todos,
sem dó nem piedade.

saio na noite
à procura dos versos
prenhes de alma.

volto pela manhã,
saciada a sede.
adormeço...
em poesia esplêndida.

Serena

correntes me levaram
e as ondas me arrastaram,
para o fundo das águas.
não havia como fugir.

o meu corpo rendido
mergulhou no silêncio,
entrega e liberdade,
outra realidade.

um conhecer a morte
bolhas, cabelos, redes,
peixe-mulher na teia,
o mar me deixou na areia.

Fome & Sede

Para o tempo
que eu quero viver, sorver
até o último gole
destes poemas de amor e desejo.

Para o tempo
que eu quero sugar, extrair
até a última gota
do suculento suco destas palavras.

Para o tempo
que eu quero ler, espremer
a fruta até o bagaço,
de todos os versos
que existem neste universo.

Para deixar de sonhar

me encontro em novas palavras,
em outras construções.
aproveito para fazer a faxina
da alma, troco emoções.
há muitas formas
de se construir um outro jeito,
várias facetas de ser
um Picasso.
talvez eu não precise do silêncio.
quem sabe, é justo o contrário?
quem sabe, este seja o momento
de falar para ser ouvida?
respirar fundo e sorver a vida,
tirar as cascas das feridas,
vê-las cicatrizadas.
deixar de escutar outras vozes,
romper com os ritos e os mitos.
a novidade está em mim,
novos são os versos
que nascem assim.

Cántico de las Palabras

Gente mais de cinco mil visitantes!!!
de muitos países, no blog: http://canticopalabras.blogspot.com/,
neste blog eu tento apresentar a diversidade da cultura brasileira
para pessoas de outros tantos países e o que tenho visto é
uma grande receptividade.
Coisa boa, só tenho que agradecer a todos.
No Brasil, cultura pouca é bobagem,
dá em pé de bananeira, de manga, o solo
é fértil de artistas, que crescem e aparecem
por todo canto, em todos os cantos deste país.
Isso é o reflexo de nossa alegria, de nossa
ESPERANÇA, em meio à miséria de nossas governanças.
Temos fome do que nos ENCANTA, apesar da fome
posta na mesa. Somos um povo cheio de contradições e
diferenças, como todos os outros, afinal, fazemos
parte deste grande grupo que se chama (ainda),
RAÇA HUMANA.
Muito obrigada!