O trabalho era um fardo, mas ele tinha a poesia. E, através dos seus versos, podia ser um personagem, seu próprio herói, distante da mesmice do dia a dia.
O amor é um miniconto. Com tese, antítese e síntese. Tese: duas pessoas convivem pela vida toda. Antítese: pela vida toda? Síntese: esta é uma impossibilidade terapêutica!
A princesa, entusiasmada, beijou seu primeiro sapo, mas ele permaneceu sapo. Não se dando por vencida, beijou outro e outro e mais outro, e o resultado era sempre o mesmo: nada de princípe. Moral da história: nem todo sapo é princípe e algumas princesas, na verdade, podem ser apenas meras sapinhas.
O tempo passava e Estela, a garçonete, cada vez mais sombria. Um dia, tomando meu café habitual, pude vê-la chegar. Tinha um sorriso incomum nos lábios, os cabelos estavam soltos e o seu perfume enchia o ar. Ela foi direto falar com o gerente. Nem deu por mim, perplexo. Não consegui ouvir o que diziam, mas, quando ela saiu pela porta do bar, decidida, percebi que jamais voltaria a ver a sua estrela.
Contemplou seu nome. A escrita mal feita. Sorriu. Era apenas uma questão de tempo agora, melhorar a letra, aprender novas palavras. Mas o primeiro passo já estava dado: escrever seu nome!
Queridos amigos, peço desculpas pela ausência em versos e, em comentários, nos blogs dos amigos. Mas estou voltando, me aguardem, a partir de sábado estarei de novo com vocês. Saudades, Cynthia Lopes
Engraçado o que a música pode produzir em nossa alma. Esta em especial, que escuto e escuto repetidas vezes é a música de Silvio Rodriguez. E quanto mais a escuto, mais a minha alma se eleva em um misto de sentimentos, mas principalmente, se enche de espírito, de amor... isso de visões de amor. Algo que fuja das lágrimas, pelo menos das lágrimas solitárias... se temos que chorar, que o façamos juntos; que amemos na mesma intensidade, que nossos corpos sintam o mesmo tremor e o mesmo prazer ao se tocarem, ou apenas no encontro de nossos olhos que por mais que teimem, não conseguem se desvincilhar um do outro e que seja assim para sempre (ou que seja esta nossa ilusão mais sentida). Mas que seja! Algo que se possa tocar, que tenha peso e massa. E não a solidão de duas pessoas... só isso é muito pouco. Será que alguém pode compreender esta dor? A dor de ser poeta? A dor de um grito, a milênios sufocados pela pressa deste novo mundo? Eu não tenho medo destes sentimentos e dos meus sentidos, por quê você os tem? Por quê?