GRUPO RUMO

*** Humor, criatividade e irreverência na música brasileira.***

com você aprendi
à navegar no imenso
mar azul: seus versos

Norte

* Inspirado na poesia do poeta Da Montanha



em órbita giro
sob seus olhos, a
retina doente.
esta lua que aponta
à esquina, teimosa,
liberta sua estrela
cuja luz lhe guia.

meu poema, seu
norte!

Ginna

Escultura de Ricardo Kersting














Ginna-Carrara's Marble 60cm





A figura alada e branca,
(de tão branca que rara),
pulsa em minhas mãos, respira.

Cálida mulher, seu seio
esconde uma profunda dor.
Uma tão grande luta e esforço,

para lhe ver assim, beleza
desnuda, obra de tão grande
labuta, do homem que a sonhou:
lhe trazendo à vida do

mármore bruto.

rosa dos ventos
nos mostra à direção:
popa, proa, furacão.

***

rosa dos ventos
muda o rumo, faz girar:
segredo dos corações.

***

rosa dos ventos,
janelas abertas gira:
sob hipnótico olhar.

***

no mar o mundo
ventania, sol tão quente:
rosa dos ventos

***

rosa dos ventos
gira a roda da fortuna:
pás do coração.

***

rosa dos ventos
encantadora dos olhos:
gira hipnótica.

***

rosa dos ventos
põe os marujos no prumo:
orienta no mar.

***

brisa e vento
faz a rosa girar: uma
vida navegar.

Azul

Mais que uma cor, um frescor trazido
pela brisa do mar, correntes,
ventos, oceano de náufragos.
A impossibilidade do amor

nos deixa estes corpos dormentes.

Derramamos as nossas dores
em longas conversas (deleite).
Costuramos os nossos olhos
na cegueira, animados por

uma nova realidade. Ávidos,
desconhecidos, desmedidos.
Estamos distantes e tão
próximos deste azul profundo,

das nossas almas irmãs.

Angústia...

Tags: arte, Edvard Munch, modelo perto de cadeira.


Estou triste... quase à beira
do intangível. É a parte
que nos assiste no fim
de tudo; o que é particular,

de cada um somente. Eiva
de nossas almas unidas
por este urgente amor. Nós,
sementes que desabrocham

nas palmas de nossas mãos.
Pedras esculpidas no
deserto, na solidão.

No beiral do mundo atônito,
às portas do precipício,
estranhos umbrais harmônicos.

(*)Um poema para você

(*)Ricardo Kersting me surpreendeu com este terno poema dedicado a mim.
Obrigada meu amigo (mais do que especial!) pelos lindos versos.

Se soubesse
lhe faria um poema.
Falaria de seu sorriso doce
seus lindos olhos
que lindos assim só em você.




Falaria do seu amor
pelo mundo
pelas flores
natureza
e o mar!
Mar!

Capítulo à parte
em suas densas ondas
um amor de extremos
quando cheia a maré.


Porém terno e de meiguice
profunda,
quando apaixonado
descansa em você.




Falaria de seu talento
para traduzir a alma,
transformar em palavras
os mais íntimos desejos.
Da doçura e ternura
de braços dados
em seus poemas.




Falaria tudo isso
se soubesse,
porém nada falo
porque
nada
sei
de
você.

Haikai

eu vi a sombra
da morte, por segundos:
sinistro dia.

Revenant

o tempo... este circo,
círculo de vento.
aquilo que foi
começa em um outro
lugar. tudo passa.
passa este arremedo
do "eu" sozinha no
caminho, ri-se o
tempo: tão bobinha!
veio, voltou, é - agora
mesmo. cavou um túnel
na pedra, a água que
corre há muitos anos...
o momento fugiu
por entre meus dedos
conto os dias, as horas,

- será que são meus?

Um dia

preto no branco,
tudo claro e franco.
um chora, o outro
sai fora!

Herança

taças de cristal
expostas com orgulho:
o tempo quebra.

(*)Intervenção no Espaço Urbano

(*)Eis um exemplo magnífico de intervenção no espaço urbano de uma
grande cidade. Para mim uma questão de saúde mental. Tenhamos e
divulguemos estas idéias, cada cidade possui sua cultura e pode, e
deve ter uma intervenção diferente. Mãos a obra!!!!!!

Eu...

trago o coração
aos pulos: traduzo a
vida em versos.

Vocês...

soldados pensam
porque matam? quem morre?
quem lucra, afinal?

ATENÇÃO!

Abaixo transcrevi poema do poeta,
pintor e desenhista Adolfo Payés
que, com enorme sensibilidade nos
fala da guerra estúpida promovida
por Israel através dos olhos desta
menina, cuja foto também copiei.
Apesar do pouco que podemos fazer
eu me recuso a ficar em silêncio
bem como meu amigo. Eu me recuso
a não manter a minha esperança,
não na ganância e sordidez dos
homens, mas na Misericórdia e no
Amor de Deus.

Texto no blog Opinião: http://opiniaoeatitude.blogspot.com/

Tus ojos me clavaron el alma con tu secreto

***Poema de Adolfo Payés***

Alma de ternura
Calcada con explosivos
Tatuada por siempre con misiles
Muertes de tus entrañas
Rostro
Mio
En tu presencia
Lo he dibujado
Con mis lágrimas marchitas de penumbra
Acaricie tus cabellos
Tus ojos me clavaron el alma con tu secreto
En el sepelio infame de tus padres
Asesinados por el delito imperial
David estrella
Símbolo represivo de tu vivencia
Huérfana
Niña
Mujer
Madura precoz de tu experiencia muerte ante tus padres
Hermanos
Primos
Tíos
Madre
Tía
Primas
No puedo escribir tu pena
Escribo y dibujo la mía con el llanto apenas enjutado
En mis venas
Corazón marchito
Por tu agonía inocencia de la vida

Alma ternura tu presencia
Hoy no tengo aliento ante tu silueta
Solo mi llanto pregonero de impotencia
Copiado con enjambres olivos de tu tierra
Marchitos por los cuerpos metales asesinos,
Tanques con su estrella de David a cuestas
Ellos
Genocidas
Parásitos del crimen
Terroristas de la vida
Presencia hitleriana hijos de su propia ignorancia
Asesinos
Cobardes
Apartheid
Maquiavelismos sentimientos sionistas

Alma ternura
Son mis palabras
Calcadas de tu rostro acribillado a tiros por los tiranos
Conocidos por todos

Alma ternura
Mis lágrimas nacen de tu presencia
Y corren como el río al sosiego mar de la inocencia niños
Martirio cotidiano

Inclino mi rostro
Para acariciar el silencio
Muerte de tu inocencia
Alma ternura nuestra

(*)Alma...

entre as linhas
dos meus versos, teu olhar
espia: meus mares.


(*) Inspirada na poesia do poeta Da Montanha

Haikai

fim de outubro:
primaveras, nestes meus
cabelos brancos.

Navegar...

Navegar... em suas mãos
me deixo estar. Sossega
meu coração que ele sabe
do mar, o amor nos leva
longe e não dá mais para
voltar. Viajamos nós
no azul imenso que
nos transforma em peixinhos.

Navegar... nestes seus
versos, maduros frutos,
poemas que deságuam
nos meus rios, água que
corre para o seu mar.
Em meus sonhos mais loucos,
jamais pensei me deixar
levar por nossas muitas

ondas, que nos carregam
para amar. Somos presas
desta rede tecida
pelos nossos cabelos,
como uma vela, que se
estende aos céus e nos
faz velejar por outras

vagas - paralelas.

Timoreiro

Composição: Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho

Saudade...

amores muitos
nostalgia do corpo: nas
notas do violão.

À mulher

Hoje é domingo, dia do Senhor,
e toda mulher em minha igreja
recebeu uma homenagem, assim,
eu dedico este poema a toda
mulher cristã:


a rosa.
a mulher
canção.

as nossas bocas
vermelhas são
botões, nós mesmas,
uma bela música

de fé.

Bloggers Arts

Este lindo selo me foi entregue por Adolfo Payés, poeta, pintor, desenhista que faz do seu blog uma obra de arte. Espero ser merecedora desta sua terna lembrança meu querido amigo e com ela lembrar de outros parceiros e divulgadores, cada um a sua maneira, das artes.


Este premio ha sido creado con la intención de promover las artes en el los bloggers y así motivar mejor el espíritu solidario de los mismos, fraternos con los bloggers ,respeto y admiración ,y que promuevan las artes dentro de un espíritu escrito, o imágenes promoviendo así las artes una forma de mostrar afecto, y el reconocimiento de trabajo, agregando valor a la web de quién recibe el premio a la creación artística comprometiéndose a seguir ciertas reglas:


1-Llevar el logo bloggers Arts
2-Vincular el blog del cual se recibió el premio
3-Elegir 7 blogs para otorgarles el premio y comunicárselos
4-Promover las artes por medio de los Bloggers

Seguindo as regras que me foram dadas, entrego este premio:

1- Ricardo Kersting
2- Liz Kasper
3- Márcia Cardeal
4- Mara Faturi
5- Wilson Guanais
6- Tino Cassi
7- Luís Vilela

* Fazendo uma homenagem especial ao poeta Da Montanha, a quem eu entrego este prêmio, mesmo não tendo ele seu próprio blog.

Dois por um

você,
o mar,
paisagem
corrente

vertente
ventania
voam velas
libertas,
seus olhos
luz, dia.

bocas
corpos
trocam
fluidos.
T'amo

Palavra

para Ricardo Kersting

voa elétrica pelos
céus destes meus sonhos
e pousa na pauta,
corda de aço, música
que fizemos sós,

escultor, poeta.

Voa pelo céu errante
como borboleta
sem pouso, no meio
do caminho entre

- nós dois.

Marcas do tempo

(Pintura de Salvador Dali)








sigo em frente
à constância,
sobrevida.
os anos passam
na estrada,
quantos dias
vãos, embora?
pelo tempo
como água,
sumidouro.
vejo o sol
nascer, deitar
suavemente...
se foi. como
dos meus pés
o pó da
caminhada.